Qual o papel da família no cuidado com as doenças crônicas?

Um estudo de 2017 feito por pesquisadoras da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP), da USP, apontou que o sofrimento com doenças crônicas, em determinados casos, pode afetar mais a família do que o próprio doente. Alguns pacientes avaliados na sondagem apresentaram, inclusive, melhores resultados quanto a questões sociodemográficas, espirituais e de qualidade de vida que seus familiares.

A chegada de um diagnóstico de uma doença crônica assusta e pode representar uma desestrutura familiar. Da mesma forma, pode ocasionar uma crise, que, por sua vez, atinge diretamente o paciente. Alguns estudos chegam a relatar que a reação dos entes próximos perante à doença atinge o bem estar e os resultados do tratamento.

Assim, a participação correta da família e a forma como a sociedade vê e trata o doente crônico, funciona como um auxílio ou um catalisador, para ambas as partes envolvidas.

Doenças crônicas no país

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 57,4 milhões de brasileiros são portadores de alguma doença crônica no Brasil. Esses, representam uma grande parcela dos índices de mortes do país, para ser mais preciso, 74% dos óbitos registrados.

Doenças crônicas não transmissíveis, as chamadas DCNT, surgem, principalmente, em idosos com mais de 70 anos. Sete em cada 10 sofre com algum diagnóstico, os mais frequentes são hipertensão, dores na coluna, artrite, depressão e diabetes.

A forma como esses dados são vistos e manejados pelas figuras e núcleos envolvidos, é bem próprio de cada cultura. As famílias latino-americanas possuem o hábito de nascer e crescer próximos. A família brasileira, em especial, carrega uma forte afetividade. Portanto, diante da dor de um ente querido, todos tendem a abraçá-la e sentir intensamente.

Manutenção da saúde

Entender a influência da família na qualidade de vida do doente crônico, facilita estabelecer estratégias que possam ajudar a todos a passar pelos ciclos. Desde a aceitação, manutenção da saúde, até a convivência diária com as doenças crônicas.

É costume que algum ente, geralmente, uma mulher, assuma o dever de ser a cuidadora. Entretanto, o processo de enfrentamento em família depende do envolvimento de todos. Uma vez que costuma exigir grandes remanejamentos e adequações. Ao mesmo tempo, o respaldo científico é prioritário  para saber como se pode e deve lidar com o paciente.

A desinformação pode criar situações desnecessárias. Por isso, além da conscientização do que são as doenças crônicas, especialmente a enfermidade que atinge o familiar, é cabível investir em planos de tratamento que olhem para a situação de uma forma especial e que incluam a família em todos os processos.

A Laços Saúde, trouxe para o Brasil, um modelo de assistência focado no atendimento ao idoso e ao doente crônico, que mantém o paciente no núcleo familiar, fomenta sua independência, com tratamentos feitos sobre medida para cada realidade. Isso traz aproximação, vínculo, confiança e referência.

A avaliação de resultados se baseia na efetividade do plano de cuidados proposto através dos desfechos, o que possibilita a otimização do tempo e foco no que agrega valor ao cliente. Entre em contato e descubra como oferecer esse atendimento personalizado! 

Fonte: Famílias podem sofrer mais que os pacientes com doenças crônicas
A influência da família no tratamento de pacientes com doenças crônicas