Buurtzorg e a volta dos velhos tempos do atendimento domiciliar

Antigamente… no meu tempo… Essas são frases atribuídas aos mais velhos, projetando o saudosismo dos bons velhos tempos sobre os dias de hoje. O mundo, evoluiu e trouxe muitas questões que ocasionam choques culturais aos idosos. Entretanto, felizmente, em alguns departamentos, essa saudade foi aplacada por boas iniciativas. Na saúde, a terceira idade pode contar o atendimento domiciliar retomando os primórdios do médico da família.

Pode parecer estranho para alguns, mas é possível aprender com o passado e como isso impactar o futuro para melhor. Na medicina, embora haja muitas coisas às quais não gostaríamos de voltar, justamente porque hoje existem métodos muito melhores, há certos conceitos e práticas que agregam e muito as necessidades do agora. 

Os velhos tempos na ficção

Ao ver um filme ou ler um livro de época em que se apresente uma questão médica, um elemento costuma ressaltar aos olhos: a noção de comunidade. O médico, geralmente, exerce os cuidados dentro de um círculo de convívio e acompanha os pacientes de toda uma família. 

Vamos a obra de Gabriel García Márquez, “O amor nos tempos do cólera”. Nela, o médico Juvenal Urbino é um típico profissional de saúde familiar. Diante do surto de cólera, ele se torna um grande profissional justamente por seu atendimento humanizado.

A personagem é exemplo de um tempo e de uma postura que ‘falava’ com as pessoas e buscava expor as ideias de modo claro e coerente, com foco no entendimento. Além de retratar o atendimento domiciliar como uma relação. Afinal, o dia a dia do médico é o contato com seus pacientes e familiares, o que exige a construção de uma relação de confiança, com empatia e compaixão. 

Modelo Buurtzorg e o atendimento domiciliar 

É nesta demanda que o Buurtzorg, que inclusive se traduz como “cuidados dos vizinhos”, “cuidado de bairro”, surge como um resgate aos velhos tempos. Criado em 2006, na Holanda, o modelo de assistência é fundamentado em pequenas equipes de enfermagem fornecendo uma variedade de cuidados pessoais, sociais e clínicos para idosos e doentes crônicos em suas próprias casas.

Além de valorizar o paciente, esse sistema valoriza os profissionais envolvidos. Sendo um visto por muitos entusiastas como uma parte fundamental da solução para os desafios que os sistemas de saúde enfrentam em todo o mundo.

Em resumo, ele representa o retorno da personalidade que cuida e conhece o paciente. Assim como uma personificação do atendimento humanizado. O modelo Buurtzorg já foi adaptado para mais de 20 países e agora chega ao Brasil, pioneiramente, trazido pela equipe da Laços Saúde.

Parceria humanizada

Os planos da Laços Saúde oferecem o Buurtzorg no que ele tem de melhor, adaptado às estruturas e necessidades que a população brasileira tem. São a oportunidade de trazer o atendimento domiciliar em um sistema que sintoniza os profissionais com o paciente e seu contexto. Além de levar em consideração onde vivem, com quem vivem, quais seus anseios, motivações. 

Ou seja, um modelo que segue respeitando o idoso e o doente crônico como pessoas e não como um enfermo. Dentro desses preceitos, uma coisa é certa, a Laços Saúde pode com certeza se apropriar da frase e seguir dizendo por aí que no seu tempo as coisas eram melhores.