O paciente no centro do cuidado: como o ICHOM pode contribuir para a tomada de decisão

Em webinar promovido pela Laços Saúde, Gisele Nader Bastos fala sobre o método ICHOM para medir desfechos clínicos

No webinar apresentado pela Laços Saúde, especialista explica como a metodologia ICHOM pode ser aplicada para mensuração de desfechos clínicos

O que realmente importa para o paciente? Um dos pontos fundamentais para responder a essa pergunta passa pela mensuração dos desfechos clínicos. E o ICHOM (International Consortium for Health Outcomes Measurement) é uma das metodologias utilizadas para medir esses resultados, além de avaliar a melhor forma de incluir o paciente idoso no centro do cuidado.

No webinar “É preciso medir o desfecho: o uso do ICHOM no cuidado ao idoso”, promovido pela Laços Saúde, Gisele Nader Bastos, diretora de operações da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Martha Oliveira, CEO da Laços Saúde, e Iohana Salla, diretora técnica da Laços Saúde, conversaram sobre o método e compartilharam experiências relacionadas.

“Calcular valor é entender os desfechos que realmente importam ao paciente”, explica Gisele. E para fazer essa mensuração, ela destacou os três pilares do ICHOM, que podem ser utilizados em qualquer contexto, desde que sejam aplicados os questionários adequados a cada realidade:

  1. A publicação dos desfechos e resultados para que os pacientes possam escolher. Assim a tomada decisão passa a ser baseada em indicadores, e a escolha é feita com base em evidências;
  2. Os dados e resultados publicados podem ajudar médicos e equipes a melhorarem a qualidade da entrega aos pacientes e seus familiares. “Vendo os resultados dos colegas, sei onde estou e onde posso melhorar”, diz a diretora;
  3. Redução de custos com ganho de eficiência. Se os médicos tomam decisões baseadas em desfechos, maior a chance de ter mais pacientes sendo tratados no mesmo local, aderindo a protocolos e diminuindo desperdícios.

Depois da explicação sobre a metodologia do ICHOM, foi a vez de Iohana Salla falar sobre o Buurtzorg, representado no Brasil pela Laços Saúde. Para ela, o caminho para o cuidado baseado em valor passa por soluções simples, como a valorização do vínculo.

“Em 2021, 72% das internações foram evitadas com o atendimento presencial. A gestão de riscos está na efetividade da prevenção de eventos. Faz muita diferença ter empatia, escuta ativa, relacionamento e disponibilidade para o paciente dentro da enfermagem, mas também precisamos medir desfechos no atendimento comunitário, afinal, a Laços vende resultados”, afirma Iohana.