Além de reduzir a lotação nos hospitais e zelar pela continuidade da assistência, abordagem conquista índice de satisfação de 98% entre os pacientes 

As restrições sociais impostas pela Covid-19 trouxeram um dilema para os pacientes oncológicos. Com a imunidade já fragilizada, por causa da quimioterapia e radioterapia, eles corriam riscos tanto de contrair a doença, se continuassem os tratamentos em clínicas e hospitais, quanto de ver o câncer se agravar, caso interrompessem as sessões. 

Em Cingapura, o problema foi contornado com a oferta de oncologia em casa, pelo National Cancer Centre Singapore (NCCS – Centro Nacional de Câncer de Cingapura). Por enquanto, somente pacientes que recebem as medicações por via subcutânea ou intramuscular são atendidos. Porém, isso já engloba terapia hormonal, câncer de mama e próstata e reforço imunológico.

Os quimioterápicos são enviados para a casa do paciente ou retirados no NCCS pelas enfermeiras. O paciente passa por checagem dos sinais vitais antes da administração dos remédios e a enfermeira o acompanha por mais 15 minutos após o tratamento, para evitar intercorrências. 

Dos 100 pacientes que participam do programa, 91 se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos com a oncologia em casa e, entre os benefícios, destacam a conveniência e economia de tempo, já que não precisam mais se deslocar até o NCCS. 

Os pacientes em cuidados paliativos são acompanhados por teleconsultas e respondem semanalmente a um questionário enviado por SMS, que permite o acompanhamento e rápido ajuste do plano de cuidados em caso de desconfortos ou agravamento de seu quadro.

Saiba mais: Bringing cancer care to the home